Prevenção de acidentes

Como fazer um Programa de Conservação Auditiva de qualidade?

O Programa de Conservação Auditiva (PCA), corresponde a um conjunto de atividades que visam prevenir ou estabilizar as perdas auditivas dos funcionários.


O Programa de Conservação Auditiva (PCA), também chamado de Programa de Prevenção de Perdas Auditivas (PPPA), corresponde a um conjunto de atividades que visam prevenir ou estabilizar as perdas auditivas ocupacionais

Esse programa foi desenvolvido com o cumprimento da legislação trabalhista e previdenciária, em consonância com os programas PCMSO – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional e PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

A Norma Regulamentadora 9 (NR 9) do PPRA é quem rege as determinações da conservação auditiva e estabelece as ações de prevenção quando a dose de exposição do funcionário a um determinado ruído é ultrapassada.

Já a Norma Regulamentadora NR7, que diz sobre os Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), é a responsável por estabelecer as diretrizes e os parâmetros mínimos para avaliação e acompanhamento da audição dos trabalhadores expostos a níveis de pressão sonora elevados por meio da realização de exames audiológicos de referência e sequenciais a fim de prevenir a progressão da perda auditiva do trabalhador acometido à doses superiores ao estabelecido pela legislação.

Como fazer uma gestão eficiente de diagnósticos audiológicos?

Realizar essa gestão é uma das principais etapas do Programa de Conservação Auditiva , pois é através dela que será possível determinar os principais procedimentos, protocolos e rotinas que deverão ser realizados para identificar a real situação auditiva dos seus funcionários.

Serão utilizados nessa etapa o histórico das audiometrias realizadas pelos funcionários, os dados obtidos através da investigação da exposição dos trabalhadores e dos casos prévios, além da análise anual dos dados epidemiológicos e dos indicadores obtidos sobre a saúde auditiva.

Meu funcionário está apresentando problemas auditivos, e agora?

Nesse momento é crucial que a gestão de diagnósticos audiológicos seja realizada!
Os primeiros passos dessa etapa são:

  • Identificar a situação auditiva do trabalhador por meio do acompanhamento periódico e realizar uma análise evolutiva dos exames desde sua admissão;
  • Identificar se há necessidade de encaminhamento para o médico otorrinolaringologista e exames complementares, tanto para comprovação do diagnóstico quanto para conduta médica;
  • Realizar uma investigação para identificar se há relação ocupacional e quais os fatores que desencadearam o agravamento dessa perda auditiva.
  • Vale ressaltar que é imprescindível a realização de uma revisão das orientações de uso dos EPI ou nova determinação de uso de equipamentos para todos os funcionários.
E se for confirmada relação nexo causal com a atividade exercida?

O estabelecimento do nexo ocupacional de perdas auditivas deverá envolver:

  • Realização de anamnese detalhada da exposição aos agentes de risco para perdas auditivas;
  • Avaliação da necessidade de encaminhamento para avaliação especializada visando um diagnóstico diferencial;
  • Investigação do histórico profissiográfico do trabalhador com ênfase na exposição a fatores de risco para perda auditiva ocupacional, relacionado aos programas de gerenciamento e controle de riscos ambientais;
  • Análise da eficácia dos protetores auditivos e demais EPIs;
  • Avaliação das medidas de controle administrativas e de engenharia.

Após o diagnóstico de perda auditiva do funcionário e a constatação da relação ocupacional você deverá notificar o órgão responsável com a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT), de acordo com a legislação trabalhista e previdenciária.


Então, como evitar que os outros funcionários não desenvolvam problemas auditivos?

Você deverá instituir um programa de educação, capacitação e motivação de todos os trabalhadores com níveis de exposição ao ruído igual ou acima do nível de ação e assegurar a participação do trabalhador, por meio de ações de orientação, cursos, reuniões, organização de comissões, debates, participação em eventos, além de estipular algumas estratégias como o uso de equipamentos menos ruidosos; uso de barreiras para o ruído (enclausurados); aumentar a distância da fonte ruidosa; reduzir o tempo de exposição e fazer um rodízio de integrantes para a mesma atividade.

Portanto, um PCA bem elaborado é responsável por:
  • Fazer avaliações ambientais criteriosas para identificar a presença de agentes ototóxicos, ruídos e vibrações;
  • Orientar e oferece capacitação aos seus trabalhadores acerca dos cuidados com a audição;
  • Estabelecer medidas relacionadas ao controle médico e o gerenciamento audiológico;
  • Auxiliar sobre a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI);
  • Além de fazer a verificação de eficácia dos EPIs regularmente.

Cuide da saúde de seus funcionários e diminua sua taxa de absenteísmo!

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